segunda-feira, 26 de março de 2012

Cursos de Primeiros Socorros em ambiente escolar. Capacitando educadoras para salvar vidas!


Palestra sobre Primeiros Socorros ministrada no Auditório - Espaço IBEP - Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas.


Alunos que participaram do curso no IBEP



O Prof. Marcelo Clemente, realiza palestras e cursos sobre Primeiros Socorros em ambiente escolar, por ser pedagogo e conhecer bem a realidade do ambiente escolar e as possibilidades reais de acidentes neste espaço.

Como Psicopedagogo Hospitalar e mestrando em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência pela UNIFESP, e capacitado pelo Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Bombeiros de São Paulo, tem particular interesse no cuidado geral com crianças e adolescentes, bem como em difundir técnicas de socorro atuais e em conformidade com os protocolos da American Heart Association - 2010.

Na escola é frequente cenas de crianças que caem, escorregam, cortam o dedo, caem da cadeira, prendem o dedo na porta, colocam o dedo nas tomadas...todas estes incidentes, são corriqueiros em muitas escolas e muitos profissionais envolvidos nos dia a dia das crianças, não sabem oque fazer, quando estes acidentes acontecem.

Professores, educadoras, coordenadoras pedagógicas, diretoras, muitas vezes não possuem sequer uma noção de Primeiros Socorros. Em alguns casos, uma ação de Primeiros Socorros bem aplicada, pode salvar uma vida.

Vemos sempre na rotina escolar, em especial na Educação Infantil, crianças que introduzem objetos no ouvido, nos olhos, ou que colocam o dedos nas tomadas. Oque fazer nestas casos? Muitas vezes os profissionais da educação, ficam sem saber quais as medidas a tomar nestas circunstâncias.

Visando esclarecer e ajudar as escolas, promovo palestras e cursos em vários formatos para contribuir para a formação de educadores, que em momentos de crise como os narrados acima, possam assumir um postura ativa de socorristas e evitar danos maiores às pessoas envolvidas, lembrando que em um ambiente escolar, não são apenas as crianças e os adolescentes que se envolvem em acidentes. Temos muitos casos de adultos que também se envolveram em acidentes dentro das escolas.


Curso ministrado para educadoras - Faculdade e Colégio Santa Marina.


Prof. Marcelo ministrando sobreaAplicação de RCP - Manobra de Ressuscitação Cardio-Pulmonar.


Manobra de Heimlich - Aplicada em casos de asfixia e engasgamento.

Ensino e prática! Modelo que dá certo!


Após a ministração de como aplicar as manobras, as alunas "praticam" nas próprias colegas, sob a supervisão do Prof. Marcelo.

Assuntos tratados no curso de Primeiros Socorros, ministrados pelo Prof. Marcelo Clemente:

Definição de Conceitos;
Legislação sobre Primeiros Socorros e omissão de socorro;
Todos podemos aplicar os Primeiros Socorros;
Cuidados com o socorrista;
Cuidados com a vítima;
Procedimentos iniciais;
Queimaduras;
Asfixia;
Manobra de Heimlich;
Corpos estranhos no ouvido;
Corpos estranhos no olho;
Parada cardíaca;
Traumas;
Afogamentos...

O curso é ministrado na própria escola, em horários de melhor conveniência, sem atrapalhar a rotina escolar.

Entre em contato e agende uma visita!

Cursos de Primeiros Socorros em ambiente escolar
Prof. Marcelo Clemente
(11) 7472-5474
e-mail: marcelorhema@gmail.com

Primeiros Socorros - Procedimentos que salvam vidas!

Primeiros socorros são uma série de procedimentos simples com o intuito de manter vidas em situações de emergência, feitos por pessoas comuns com esses conhecimentos, até a chegada de atendimento médico especializado.
O melhor é obter treino em primeiros socorros antes de se precisar usar os procedimentos em quaisquer situações de emergência.
Diversas situações podem precisar de primeiros socorros. As situações mais comuns são atendimento de vítimas de acidentes automobilísticos, atropelamentos, incêndios, tumultos, afogamentos, catástrofes naturais, acidentes industriais, tiroteios ou atendimento de pessoas que passem mal: apoplexia (ataque cardíaco), ataques epilépticos, convulsões, etc.
Tão importante quanto os próprios primeiros socorros é providenciar o atendimento especializado. Ao informar as autoridades, deve-se ser direto e preciso sobre as condições da(s) vítima(s) e o local da ocorrência.

Avaliação da cena ou sinistro

É muito importante salientar que para a abordagem de uma vítima primeiro você deverá ter idéia do contexto geral da situação, pois apenas com uma pré-avaliação do local é que se pode conhecer o tipo de vítima com a qual se está lidando. A ocorrência pode ser classificada como clínica (mal súbito, problemas fisiológicos) ou trauma (mecanismos de troca de energia). A avaliação da cena também é importante para que se possam dimensionar os riscos potenciais existentes na cena, prevenindo assim que a pessoa que tem o intuito de aplicar os primeiros socorros não se torne mais uma vítima da ocorrência. A Avaliação de Cena é divida em quatro fases:
1)Segurança - verificar se a cena é segura para ser abordada
2)Cinemática do Trauma - verificar como se deu o acidente ou sinistro
3)Bioproteção
4)Triagem/Nr de Vítimas
Avaliação das condições gerais da vítima

Todo procedimento de primeiros socorros deve começar com a avaliação das condições da(s) vítima(s).
Devem-se observar sinais (tudo o que se observa ao examinar uma vítima: respiração, pele fria, palidez, etc.), sintomas (é o que a vítima informa sobre si mesma: náusea, dor, vertigem, etc.) e sinais vitais (sinais cuja ausência ou alteração indica grave irregularidade no funcionamento do organismo. São eles: pulso (batimentos cardíacos), respiração, pressão arterial e temperatura. Existem estudos à luz das evidências científicas atuais que a dor pode ser considerada o quinto sinal vital, uma vez que somente os vivos sentem dor.
Desta forma um ponto importante tanto para o socorrista profissional ou leigo será em primeiro momento avaliar o nível de consciência de sua vítima usando um parâmetro muito simples, chamado A.V.D.S.:
A (ALERTA)
V (RESPONDE À VOZ)
D (RESPONDE À DOR)
S (SEM RESPOSTA)
Em primeiro lugar, abordar a vítima independente do mecanismo sendo traumático ou clínico: se ao tocar na vítima o socorrista percebe uma reação espontânea, concluímos que ela está na fase A (ALERTA). Isto é um indício de que existe atividade neurológica: o cérebro está sendo suprido de oxigênio, pois para isto acontecer ele tem de estar estimulando o grupo muscular da respiração, como musculatura diafragmática e intercostal (caixa torácica).
Já a fase V (VOZ) é percebida quando a vítima não responde ao ser chamada pelo nome. É bom lembrar que a audição é um dos últimos sentidos a serem perdidos antes de o cérebro entrar em estado de inconsciência.
Não havendo nenhuma resposta à solicitação verbal estimularemos a D (DOR): feche a mão e com a área da dobra dos dedos friccionar o esterno da vítima, que fica localizado no meio do tórax, na junção das costelas. Havendo uma resposta muscular da vítima tanto em tentar inibir o estímulo ou qualquer outra que seja, saberemos que ainda existe uma atividade neurológica funcional, pois o cérebro ainda recebe oxigênio.
Entretanto, se não houver nenhum tipo de resposta como em não estar em ALERTA, responsivo à VOZ ou à DOR, a vítima está no estágio de I (INCONSCIÊNCIA), no qual o cérebro não mais recebe oxigênio e por falta deste não haverá estímulo muscular. O que preocupa é a possibilidade da necrose, que é a morte de parte dos tecidos dos cérebro por escassez de oxigênio. Isso pode levar à paralisia, ao coma, e, em casos mais graves, à morte. Acontece também o que chamamos de relaxamento muscular generalizado, e o músculo da cavidade bucal, localizado imediatamente abaixo da língua, pode fazê-la inclinar-se para trás, o que obstrui a passagem de ar.
Posição lateral de segurança (PLS)
A Posição Lateral de Segurança, pode ser utilizada em várias situações que necessitam de primeiros socorros, em que a vítima esteja inconsciente, mas a respirar e com um bom pulso, uma vez que esta posição permite uma melhor ventilação, libertando as vias aéreas superiores.
Esta não deve ser realizada quando a pessoa:
Não estiver a respirar;
Tiver uma lesão na cabeça, pescoço ou coluna;
Tiver um ferimento grave.

O que fazer
Com a vítima deitada, ajoelhe-se ao seu lado;
Vire o rosto da vítima para si. Incline a cabeça desta para trás, colocando-a em hiperextensão, para abrir as vias aéreas e impedir a queda da língua para trás e a sufocação por sangue. Se a vítima estiver inconsciente, verifique a boca e remova possíveis materiais que possam estar dentro desta;
Coloque o braço da vítima que estiver mais próximo de si ao longo do corpo dela, prendendo-a debaixo das nádegas desta;
Coloque o outro braço da vítima sobre o peito dela;
Cruze as pernas da vítima, colocando a perna que estiver mais afastada de si por cima da canela da outra perna;
Dê apoio à cabeça da vítima com uma mão e segure a vítima pela roupa, na altura das ancas, virando-a para si;
Dobre o braço e a perna da vítima que estiverem voltadas para cima até que formem um certo ângulo em relação ao corpo;
Puxe o outro braço da vítima, retirando-o debaixo do corpo dela;
Certifique-se que a cabeça se mantém inclinada para trás de forma a manter as vias aéreas abertas.
Respiração

A respiração é crítica para a sobrevivência do organismo, e garanti-la é o ponto fundamental de qualquer procedimento de primeiros socorros. O cérebro tem lesões irreversíveis (necroses) em no máximo 6 minutos após a interrupção da respiração. Após 10 minutos, a morte cerebral é quase certa.
Para verificar a respiração, flexione a cabeça da vítima para trás, coloque o seu ouvido próximo à boca do acidentado, e ao mesmo tempo observe o movimento do tórax. Ouça e sinta se há ar saindo pela boca e pelas narinas da vítima. Veja se o tórax se eleva, indicando movimento respiratório.
Se não há movimentos respiratórios, isso indica que houve parada respiratória.
Abertura das vias respiratórias
O primeiro procedimento é verificar se há obstrução das vias aéreas do paciente. Para isso, deixe o queixo da vítima levemente erguido para facilitar a respiração. Usando os dedos, remova da boca objetos que possam dificultar a respiração: próteses, dentaduras, restos de alimentos, sangue e líquidos. Os movimentos do pescoço devem ser limitados, e com o máximo cuidado: lesões na medula podem causar danos irreparáveis. Também é bom ressaltar: nunca aproxime a mão ou os dedos na boca de uma vítima que esteja sofrendo convulsões ou ataques epilépticos.

Respiração artificial
É o processo mecânico empregado para restabelecer a respiração que deve ser ministrado imediatamente, em todos os casos de asfixia, mesmo quando houver parada cardíaca.
Os pulmões precisam receber oxigênio, caso contrário ocorrerão sérios danos ao organismo no aspecto circulatório, com grandes implicações para o cérebro.
A respiração artificial pode ser feita de cinco modos:
a) boca-a-boca
b) boca-nariz
c) boca-nariz-boca
d) boca-máscara
e) por aparelhos (entubação)
A máscara de respiração é obrigatória para preservar o socorrista do contágio de doenças. Sendo utilizado contato direto com o paciente apenas em situações adversas.

Procedimentos
Os procedimentos são os seguintes:
- deitar a vítima de costas sobre uma superfície lisa e firme; - retirar da boca da vítima próteses (dentaduras, aparelhos de correção, se possível) e restos de alimentos, desobstruindo as vias aéreas; - elevar com delicadeza o queixo da vítima, estabilizando a coluna cervical (é importante o cuidado com a medula e que a vítima não se movimente, especial atenção em casos de possível traumatismo); - tapar as narinas com o polegar e o indicador e abrir a boca da vítima completamente; - a partir dai o socorrista deverá respirar fundo, colocar sua boca sobre a boca da vítima (sem deixar nenhuma abertura) a soprar COM FORÇA por duas vezes seguidas , até encher os pulmões, que se elevarão; - afastar-se, tomar novamente ar e repetir a operação em média 12 vezes por minuto, de maneira uniforme e sem interrupção (ou seja, a cada 5 segundos a pessoa deve repetir a operação).
É importante dizer que a ausência de pulsação requer o procedimento de compressão torácica externa (massagem pulmonar) ou reanimação cardíaca.

Asfixia/sufocação
Dependendo da gravidade da asfixia, os sintomas podem ir de um estado de agitação, palidez, dilatação das pupilas (olhos), respiração ruidosa e tosse, a um estado de inconsciência com parada respiratória e cianose (tonalidade azulada) da face e extremidades (dedos dos pés e mãos).

O que fazer
Manobra de Heilmich
Se a asfixia for devido a um corpo estranho, proceda assim (numa criança pequena):
Se o objeto estiver no nariz, peça à criança para assoar com força, comprimindo com o dedo a outra narina;
Se for na garganta, abrir a boca e tentar extrair o objeto, se este ainda estiver visível, usando o dedo indicador em gancho ou uma pinça, com cuidado para não empurrar o objeto;
Colocar a criança de cabeça para baixo, sacudi-la e dar tapas (não violentos, mas vigorosos) no meio das costas, entre as omoplatas, com a mão aberta.
Quando há algum objeto impedindo a passagem de ar, médicos muitas vezes se vêem obrigados a perfurar com uma caneta, ou objeto equivalente, a parte frontal inferior do pescoço, perfurando a pele onde há pequena cavidade (na parte final da laringe, já próximo da traquéia). Retirada a caneta, a pessoa pode passar a respirar pelo pequeno orifício. Destacamos contudo que tal procedimento deve ser adotado por pessoas com conhecimento avançado de anatomia, para que não sejam atingidas artérias, cordas vocais, etc.
É válido ressaltar que ninguém pode ser condenado criminalmente por tentar salvar a vida de terceiro, ainda que no socorro acabe provocando lesões como a fratura de uma costela, fato comum na hipótese de reanimação cardíaca. É que na hipótese se verifica a excludente de ilicitude denominada Inexigibilidade de conduta diversa.

Procedimentos que, em hipótese alguma, devem ser praticados
*Abandonar o asfixiado para pedir auxílio
*deixar o asfixiado nervoso

Parada Cardíaca

Sinais e sintomas
Ausência de pulso e dos batimentos cardíacos, além de acentuada palidez. Se detectado algum desses sinais a acção deve ser imediata e não será possível esperar o médico para iniciar o atendimento.

O que fazer
Aplique a massagem cardíaca externa.

Como fazer a massagem cardíaca
Colocar a vítima deitada de costas em superfície plana e dura. As mãos do atendente de emergência devem sobrepor a metade inferior do esterno. Os dedos ficam abertos sem tocar o tórax. A partir daí deve-se pressionar vigorosamente, abaixando o esterno e comprimindo o coração de encontro a coluna vertebral. Em seguida, descomprima. Repetições: quantas forem necessárias até a recuperação dos batimentos. É recomendável a média de 60 compressões por minuto.

Cuidados
Em jovens a pressão deve ser feita com apenas uma das mãos e em crianças com os dedos. Essa medida evita fraturas ósseas no esterno e costelas. Se houver parada respiratória juntamente com a cardíaca ambas devem ser realizadas, reciprocamente.

O que pode causar
Choque elétrico Estrangulamento Sufocação Reações alérgicas graves Afogamento.


Ataque cardíaco
Sinais e sintomas
Dor, respiração, suores, vômitos e outros sinais.
O que fazer
Mantenha a pessoa sentada ou deitada, desaperte-lhe as roupas, cubra-o se sentir frio, não tente transportá-lo sem ajuda ou supervisão médica. Somente dê algum medicamento se a vítima se ela já faz uso e costuma tomar em emergências.

O perigo as Hemorragias

Hemorragias
A perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo - veia ou artéria.
Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente.
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em minutos. Não perca tempo!

Estanque a hemorragia
- Use uma compressa limpa e seca: de gaze, de pano ou mesmo um lenço limpo elevando a parte do corpo que sangra.
- Coloque a compressa sobre o ferimento
- Pressione com firmeza
- Use atadura, uma tira de pano, gravata ou outro recurso que tenha a mão para amarrar a compressa e mantê-la bem firme no lugar
- Caso não disponha de uma compressa, feche a ferida com o dedo ou comprima com a mão evitando uma hemorragia abundante
- Pontos de pressão - calque fortemente, com o dedo ou com a mão de encontro ao osso, nos pontos onde a veia ou a artéria são mais fáceis de encontrar. Esses pontos são fáceis de decorar, desde que você os observe com atenção.
- Se o ferimento for nos braços ou nas pernas, sem fratura, a hemorragia será¡ controlada mais facilmente levantando-se a parte ferida.
- Se o ferimento for na perna - dobre o joelho. Se o ferimento for no antebraço - dobre o cotovelo. Mas sempre tendo o cuidado de colocar por dentro da parte dobrada, bem junto da articulação, um chumaço de pano, algodão ou papel.

Atenção
Os torniquetes são usados essencialmente nos casos de amputação ou esmagamento de membros e só podem ser colocados no braço ou na coxa.

Como fazer um torniquete
- Use panos resistentes e largos. Nunca use arame, corda, barbante ou outos materiais muito finos ou estreitos que possam ferir a pele.
- Enrole o pano em volta da parte superior do braço ou da perna, logo acima do ferimento.
- Dê um meio nó
- Coloque um pequeno pedaço de madeira no meio nó
- Dê um nó completo sobre a madeira.
- Torça o pedaço de madeira até parar a hemorragia. Fixe o pedaço de madeira.
- Marque com lápis, batom ou carvão na testa ou em qualquer lugar visível da vítima, as letras "TQ" (torniquete) e a hora.
- Não cubra o torniquete.
- O torniquete só deve ser usado quando outro método não for eficiente ou se houver somente um socorrista e a vítima necessitar de outros cuidados importantes.
- Desaperte gradualmente o torniquete a cada 10 ou 15 minutos. Se a hemorragia não voltar, deixe o torniquete frouxo no lugar, de modo que ele possa ser reapertado em caso de necessidade.

Atenção
A qualquer tempo se o paciente ficar com as extremidades dos dedos frias e arroxeadas, afrouxe um pouco o torniquete, o suficiente para reestabelecer a circulação, reapertando a seguir caso prossiga a hemorragia. Ao afroxar o torniquete, comprima o curativo sobre a ferida.

Enquanto estiver controlando a hemorragia, proceda da seguinte forma: Mantenha a vítima agasalhada com cobertores ou roupas, evitando seu contato com o chão frio.

Queimaduras

Queimaduras
O que são: Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma queimadura.

Gravidade: Uma pessoa com 25% do corpo queimado está sujeita a "choque de queimadura" e pode morrer se não receber imediatamente os primeiros socorros.

O que pode causar: Corpo em contato com: chama, brasa ou fogo, vapores quentes, líquidos ferventes, sólidos super-aquecidos ou incandescentes, substâncias químicas, emanações radioativas, radiações infra-vermelhas e ultra-violetas e eletricidade.

Classificação das queimaduras:
1º Grau – lesões das camadas superficiais da pele. Ex: raios solares.
2º Grau - formação de bolhas na área atingida
3º Grau - atinge tecidos mais profundos até o osso.

Gravidade: O risco de vida está na extensão da superfície atingida devido ao estado de choque e contaminação da área (infecção bacteriana).

O que fazer: Prevenir o estado de choque. Controlar a dor e evitar contaminação.

Pequenas queimaduras
Atingem menos de 10% do corpo.
O que fazer: Lavar com água em abundância.

Grandes queimaduras (atingem mais de 10% do corpo)
O que fazer:
Colocar um pano bem limpo e humedecido (não fure as bolhas, evite tocar a área queimada).
Prevenir o estado de choque
Levar a hospital.

Queimaduras químicas (Ácidos - soda cáustica, outros produtos químicos)
O que fazer: Pequenas - Lavar o local com água corrente. Extensas - Retirar toda a roupa atingida e lavar abundantemente com água a região.

Cuidados: Não aplique ungüentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substâncias em queimaduras. Não retire corpos estranhos ou graxas das lesões. Não fure as bolhas existentes, nem toque com as mãos a área afetada.

Queimaduras nos olhos
O que pode causar: Contato dos olhos com substâncias irritantes, como ácidos, álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido e chama direta.

O que fazer: Lavar os olhos com soro fisiológico. Venda-los com gaze humedecida e levar ao médico com urgência.

Nota sobre incêndios nas pessoas
O fogo deve ser extinto imediatamente. Se não houver extintor à mão, deve-se usar um cobertor ou algo semelhante. A água é boa extintora salvo nos incêndios de produtos que contenham óleos ou derivados do petróleo. Se as roupas contiverem óleos ou derivados devem ser retiradas assim que possível.
Quando se incendeiam as roupas: devem apagar-se rapidamente com água. Quando não houver água à mão, a vítima deve rebolar-se pelo chão, apagando-lhe o fogo com um cobertor ou algo semelhante. Deve proteger-se o rosto das chamas. Nunca se deve correr com as roupas a arder

Ferimentos Leves ou Superficiais

Feridas
Ferimentos Leves ou Superficiais
O que fazer
Faça limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com mercúrio cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vítima ao pronto Socorro ou UBS.

Cuidados
Não tente tirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento.

Ferimentos profundos (caso haja hemorragia, siga as instruções anteriores)
Ferimentos abdominais abertos
Procedimentos: evite mexer em vísceras expostas, cubra com compressa húmida e fixe-a com faixa, removendo a vítima com cuidado a um pronto-socorro mais próximo.

Ferimentos profundos no tórax
Procedimentos: cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, evitando entrada de ar para o interior do tórax, durante a inspiração. Aperte moderadamente um cinto ou faixa em torno do tórax para não prejudicar a respiração da vítima.

Ferimentos na cabeça
Procedimentos: afrouxe suas roupas, mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal e agasalhada. Faça compressas para conter hemorragias, removendo-a ao posto de saúde mais próximo.
Não dar de beber ou comer a um ferido. Não será aconselhável se tiver de ser operado. Os alimentos sólidos podem piorar o seu estado.

Ferimentos Perfurantes
O que são:
Lesões causadas por acidente com vidros e metais, etc.

O que fazer:
Farpas - Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze.
Atadura - Nos dedos, mãos, antebraço ou perna, cotovelo ou joelho -
Como fazer. Bandagem - Serve para manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo lesada.

Cuidados:
A região deve estar limpa e os músculos relaxados. Começar das extremidades dos membros lesados para o centro. Qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor ou arroxeamento na região deve ser afrouxado imediatamente.

Ferimentos na Cabeça
O que fazer:
Quando se suspeita que existe comoção cerebral (perda de conhecimento durante 1 hora, indisposição e vómitos
- Deverá evitar-se todo o esforço corporal.
- Em caso de inconsciência ou de inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas roupas, principalmente em volta do pescoço. Agasalhe a vítima.
- Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa ou um pano limpo sobre o ferimento. Pressione levemente. Prenda com ataduras.
- Se o sangramento for no nariz, na boca ou num ouvido, vire a cabeça da vítima para o lado que está sangrando.
- Se escoar pelo ouvido um líquido límpido, incolor, deixe sair naturalmente, virando a cabeça de lado.
- Deverá recorrer a tratamento médico.

No caso de feridas graves:
- Deverá praticar-se uma atadura protectora de uma eventual lesão traumática.
- Se o ferido tiver perdido o conhecimento deverá ser colocado em posição lateral de segurança (PLS)
- Deverá ser transportado ao hospital de preferência em ambulância.
Nunca se deverá tentar tirar lascas de osso.


Ataduras:
Com o objetivo de manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo, empregam-se ataduras. Na falta de ataduras, use tiras limpas de um lençol, de uma saia, um lenço, um guardanapo ou uma toalha. Na aplicação de uma bandagem tome os seguintes cuidados:
A região deve estar limpa
Os músculos relaxados
Enfaixe no sentido da extremidade para o centro, Ex: nos membros superiores, no sentido da mão para o braço
Não imprima uma pressão excessiva ao enfaixar. A circulação deve ser mantida
Deixe sempre as extremidades (dedos) livres, para observar arroxeamento e frio na pele local.

Como agir em casos de Asfixia

Asfixia
Se o objeto está preso no nariz
1. Peça para que a pessoa respire pela boca.
2. Observe a localização do objeto. Se ele não tiver sido introduzido até o fundo, tente pressionar a base do nariz (no alto, próximo aos olhos) e empurrar o objeto para baixo.

3. Se isso não funcionar ou o objeto estiver alojado no fundo, procure socorro médico. Não tente forçar: você pode machucar a pessoa ou, pior, pressionar o objeto ainda mais para dentro.

Se a pessoa engasgou e respira sem dificuldades
1. Espere a pessoa tossir. A própria pressão do ar pode expulsar a comida para fora.

2. Você pode ajudar a expelir o objeto dando tapas nas costas da pessoa: coloque-se atrás dela e faça a pessoa se curvar para frente. Dê algumas pancadas no alto das costas entre as omoplatas. Cuidado com a força aplicada. No caso de crianças as pancadas deverão ser ligeiras.

3. Uma manobra de compressão também pode ajudar. Coloque-se por trás e junte suas mãos entre a cintura e fim das costelas do engasgado. Aplique pressão rápida e seguidamente.

4. Não tente virar a pessoa de cabeça para baixo para forçar a saída do objeto (uma bala engolida por uma criança, por exemplo). Isso pode piorar o engasgo, especialmente se ocorrer vômito.

Se a pessoa engasgou e não consegue respirar
1. Observe se a vítima começa a sentir falta de ar. Ela ficará desesperada e começará a ficar roxa. Se isso acontecer, o caso é grave, pois o objeto está obstruindo a passagem de ar.

2. Se o objeto for pontiagudo, não se deve fazer nada: apenas procurar socorro médico imediato.

3. Em outro caso, a solução é provocar o vômito, forçando com isso a saída do objeto. Isto é conseguido colocando seu dedo na garganta da vítima.

4. Se isso não funcionar, procure socorro médico imediato.

5. A dificuldade em respirar pode causar parada respiratória e desmaio. Tente fazer a respiração boca-a-boca, que pode forçar a movimentação do objeto e permitir que o ar volte a circular.